“Foi criada uma rede muito boa e diversa de saberes e projetos”

“Foi criada uma rede muito boa e diversa de saberes e projetos”

Os Laboratórios de Inovação Cidadã (LABIC) que a Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB) impulsiona são espaços colaborativos nos quais cidadãos e cidadãs de toda a Ibero-América e do resto do mundo se reúnem para desenvolver soluções a problemas concretos das comunidades.

Seu objetivo é, também, que estas soluções sigam se aperfeiçoando e possam ser aplicadas em outras partes da região, no que se conhece como “escalado”.

Cinthia Mendonça, uma das principais mentoras dos LABIC, afirma que os LABIC conseguiram muito nos últimos anos: “Creio que os Laboratórios conseguiram criar uma rede muito boa e diversa de saberes e projetos, uma rede de gente que se une para trabalhar de maneira colaborativa”.

“Eu, como mentora, aprendi muitíssimo”, assegura.

Sobre o futuro dos LABIC, Mendonça afirma que “depende de que se dê continuidade aos projetos” e de que estes sejam aplicados “a uma escala maior que a atual”.

“Gostaria muito que, em cada país da Ibero-América, houvesse um espaço para o encontro frequente, o intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvimento soluções” Cinthia Mendonça

 

“Escalar” projetos

Os Laboratórios contam agora com o respaldo da União Europeia (UE) para escalar projetos. Desta maneira, a UE faz uma aposta decisiva por novas formas de cooperação protagonizadas pela cidadania, além de intensificar seu vínculo com a América Latina.

“Gostaria muito que, em cada país da Ibero-América, houvesse um espaço para o encontro frequente, o intercâmbio de conhecimentos e o desenvolvimento soluções”, diz Mendonça.

O próximo Laboratório de Inovação Cidadã, o LABICMEX, terá lugar em Guanajuato, México, e estará dedicado a soluções para melhorar a vida das pessoas com deficiência, que somam 90 milhões na Ibero-América.

Entre as muitas propostas exitosas dos LABIC anteriores figuram a fabricação de próteses impressas em 3D para vítimas do conflito armado colombiano a um preço muito menor que o do mercado e um drone com forma de tartaruga para detectar e contabilizar micro plásticos no mar.