Fake news: guia para combater as notícias falsas sobre o Coronavírus

Desde que se declaró el estado de alarma a causa del coronavirus, cientos de mitos y noticias falsas se han propagado por internet y las redes sociales. Varias plataformas relacionadas con la salud se unieron en la lucha para desestimarlas. La web “En red contra el COVID”, de las Red de Autoridades de Medicamentos de Iberoamérica (EAMI), fue una de las primeras.

Fake news: guia para combater as notícias falsas sobre o Coronavírus

Enquanto a saúde se encontra em perigo pela pandemia do Coronavírus (COVID-19), outra grande ameaça avançou em paralelo e a ritmo acelerado: trata-se das notícias falsas ou hoax, conhecidas também como fake news.

A Fundação Gabo, através da Rede Ética Jornalística, define-as como “toda aquela informação fabricada e publicada deliberadamente para enganar e induzir terceiros a crer falsidades ou pôr em dúvida fatos verificáveis”.

Grande parte destes conteúdos se propagam através de bots ou contas falsas nas redes sociais e em web sites não verificados.

Por isso, desde a plataforma online “Em Rede contra a COVID-19” da Rede de Autoridades de Medicamentos da Ibero-América (EAMI), foi oferecida informação útil e verificada para poder identificar notícias falsas e desmistificar aquelas que já se instalaram na sociedade.

Mitos sobre o vírus

Entre os temas mais preocupantes figuram os “mitos sobre o Coronavírus”. A Rede EAMI fez um grande esforço desde o início da pandemia para conseguir identificá-los, explicar porque não são reais e buscar fontes oficiais. Alguns exemplos destes são mostrados a continuação:

Anúncios sobre países que têm a cura para a COVID-19

NÃO. Atualmente não existe evidência científica de que nenhum medicamento seja eficaz para tratar ou prevenir a infeção por Coronavírus (COVID-19). Só recentemente foram anunciadas –e começaram a aplicar, em alguns casos– várias vacinas que, em provas, mostraram ser eficazes contra o vírus, mas a ainda é muito cedo para tirar conclusões. 

Os antibióticos são úteis para prevenir e tratar a infeção pelo novo Coronavírus

NÃO. Os antibióticos são eficazes contra as bactérias, mas não contra os vírus. Para mais informação: Tratamentos para o manejo de COVID-19

Como identificar notícias falsas

Para Miriam Forero, editora de Colombiacheck, meio dedicado à verificação de informação, “o objetivo da desinformação é gerar uma resposta emocional. Por isso há de se desconfiar quando as mensagens estão carregadas de insultos e frases de ódio que buscam irritar ou emocionar aqueles que as leem”.

     Para saber quando uma informação é falsa, Rede Ética Jornalística propõe seguir estes passos:
  • Questionar: revisar a origem das mensagens, em especial de correntes, e tratar de entender quem as manda, e principalmente, por quê e para quê pode tê-lo feito.
  • Verificar: corroborar os fatos e dados, consultar outras versões ou fontes em sites de referência, como meios jornalísticos profissionais, para contrastar a informação.
  • Refletir: antes de responder ou reenviar uma mensagem, pensar se agrega valor ou profundidade ao diálogo coletivo.
  • Aceitar a pluralidade: reconhecer que, quanto mais pessoas participarem, e mais distintas forem suas procedências e perspectivas, mais qualificada será a conversação pública.
  • Assumir responsabilidade: a disseminação do medo e do ódio não fomenta uma boa comunicação e caluniar ou injuriar são atos reprováveis e até delitos sancionáveis.
  • Cuidar-se: suspeitar das mensagens que, de maneira evidente, buscam despertar a indignação ou raiva.
O impacto das fake news

Na Espanha, por exemplo, 60% da população acredita poder detectar os hoax que chegam pela internet, mas na realidade só 14% os identifica na prática. Isto, segundo dados do Estudo sobre o impacto das Fake News na Espanha, realizado pela empresa de pesquisa de mercado Simple Lógica.

Além disso, 4% dos entrevistados afirma ter criado, alguma vez, uma notícia falsa, ainda que só a metade admite tê-la distribuído.

Alianças contra as fake news

Além da web da Rede EAMI, alguns portais especializados como Chequeado e Colombiacheck, e meios como Animal Político e a Agência AFP, entre outros, realizam verificações de notícias sobre o Coronavírus e advertem quando são falsas.

As atualizações destas e outras fontes podem ser seguidas no Twitter através da Rede Ética Jornalística.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) também uniu forças com equipes de comunicações e autoridades nacionais de saúde para criar consciência sobre a desinformação em torno da COVID-19 e alentar as pessoas a ser proativas e denunciar o conteúdo falso ou enganoso em linha, oferecendo uma guia de redes sociais para para ajudar a população a denunciar as notícias falsas.

Além disso, muitas plataformas digitais ou redes sociais como Google, Facebook e Twitter começaram a etiquetar o conteúdo falso como enganoso ou controvertido, e todas elas eliminam as publicações que contravêm os termos de serviço.